Quero dividir com vocês a história da minha entrevista com Fritz Senn.
Estive na Fundação James Joyce pela primeira vez em março de 2019, para um curto período de pesquisa. Foi então que ouvi falar da bolsa oferecida a tradutores de Joyce e decidi apresentar minha candidatura para Looren.
A colega Dirce Waltrick do Amarante, da Universidade Federal de Santa Catarina, joyciana de primeira grandeza, sugeriu-me entrevistar Fritz enquanto eu estivesse em Zurique. Ela mesma falou com ele sobre isso. Depois, preparamos juntos as perguntas que eu faria a ele.
Fritz me pediu para ler as perguntas antes. Mas, tenho certeza, nada o surpreendeu. Ele me sugeriu que a entrevista ocorresse na quinta-feira, dia 21 de março. Assim foi.
Combinamos que seria filmada. Na hora marcada, fui até sua sala de trabalho na Fundação e armei um minitripé na única ponta livre de sua mesa (mesmo assim tive que mover alguns papéis – delicadamente). Pus nele o foco da câmera e começamos.
Pode ser mais simpático chamar de conversa esse tipo de encontro. Mas, o que aconteceu, de fato, foi uma entrevista. Não falei quase nada. Preferi deixar a palavra com quem tinha algo a dizer. O que, naquele caso, me autorizava mais a escutar.
Fritz disse muitas coisas interessantes, principalmente sobre como lemos Finnegans Wake, sobre a atualidade da obra de Joyce e sobre a importância das traduções. Notamos em seus gestos e palavras um leitor refinado, um crítico agudo, mas, também, um homem apaixonado pela obra de Joyce.
Agradeço a todos e todas que tornaram possível a realização ou divulgação dessa entrevista. Ao Fritz, claro. À Dirce, idealizadora do projeto. À Clélia Mello, da UFSC, que editou lindamente o vídeo. Ao Laboratório de Estudos da Tradução da UFF, pela excelente legendagem. Aos sinos de uma das Igrejas próximas à Fundação, que, badalando ao seu bel prazer, emprestaram som local à entrevista que vocês podem assistir neste endereço.
Espero que aproveitem.
Abraços,
Vitor
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